Aviso!

     Galera, relembrando (pra quem já sabe) que nosso Blogg é uma forma de ajuda e quem está por trás do mesmo, são estudantes do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria, campus CESNORS/FW. Criamos o blogg no primeiro semestre como uma maneira de extensão rural, para que agricultores e demais interessados pudessem ficar a par sobre o tema. Dentro do curso de Engenharia Florestal, temos o conhecimento sobre o tema, já que em nossa grade curricular temos a disciplina de Uso, Manejo e Conservação do Solo. No decorrer do curso, temos também a disciplina de Extensão Rural, matéria em que nos foi proposto um trabalho sobre Métodos de Extensão Rural, trabalho ao qual o blogg se inclui. Sabendo da importância do correto uso e manejo do solo, garantindo assim sua melhor conservação, escolhemos o tema para nosso trabalho. Gostaria de deixar aqui o esclarecimento de que todos os textos possuem dados de cunho científico, sendo que para trabalhos realizados são de extrema importância. MAS, é sempre bom lembrar de que: utilizar livros e artigos científico é muito mais seguro. 
     Nosso blogg não tem o intuito de servir como referência, mas sim o de informar! Portanto, cuidado com a internet! Enfim, aproveito a postagem para que em nome de todos os autores do blog, peço desculpas pela demora em postagens. Por hoje era só.
     Em caso de dúvidas, comuniquem-nos! Queremos ajudá-los!

MELHORIAS NA INFILTRAÇÃO DE ÁGUA  E QUALIDADE BIOLÓGICA DO SOLO


Um solo bem estruturado favorece o crescimento de raízes e à capacidade de infiltração de água no solo. A taxa de infiltração do solo pode ser aumentada através do  sistema radicular das plantas, pois estas permitem a translocação da água no solo (ALVES E CABEDA, 1999). A cobertura vegetal pode também diminuir o impacto das gotas de chuva, reduzir o escoamento superficial e promover a qualidade biológica do solo, onde os microorganismos e outros animais podem formar caminhos para a movimentação  de água e solo (CARVALHO E SILVA, 2006).

      Referências:

      ALVES, M.C. e CABEDA, M.S.V. Infiltração de água em um Podzólico Vermelho-Escuro sob dois métodos de preparo, usando chuva simulada com duas intensidades. Revista Brasileira de Ciência Solo, 23:753-761, 1999.

      CARVALHO, D. F.; SILVA, L.D.B. Apostila de Hidrologia. Seropédica.  Cap. 5, Agosto 2006. Disponível em :<http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/APOSTILA/HIDRO-Cap5-INF.pdf>.



ORGANISMOS NO SOLO

                  Os organismos vivos do solo  pertencentes a fauna e a flora são os agentes responsáveis pelo húmus. (BRADY, 1989). Eles produzem inúmeras mudanças bioquímicas, processam a decomposição, reviram fisicamente o solo, auxiliam a estabilidade e a estrutura do mesmo.  Em um ecossistema não alterado as plantas e organismos encontram-se em equilíbrio, garantindo a biodiversidade e a preservação dos recursos naturais. A maior parte destes organismos são de origem vegetal.
                  Diversos organismos fazem parte da decomposição vegetal.  Dentre eles, estão os herbívoros, que são os parasitas, como os nematóides, lesmas, caracóis, larvas e cupins e larvas que devoram os materiais lenhosos acima do solo, como os mamíferos maiores como os  camundongos (BRADY, 1989).
                  Na presença de umidade, as bactérias e os fungos começam o ataque juntamente com os besouros, caracóis, acrinos, miriápodes, pulgões e minhocas e outras do gênero “Enchyteacus”.
                  A fauna tem ação física e química, já a microflora tem somente ação química. Os consumidores primários são a forma de alimento para os consumidores secundários, e na sequência, os terciários se alimentam dos consumidores secundários. A microflora está envolvida na decomposição do material orgânico associado à fauna.

Fauna

                  Está dividida em:
- megafauna: maior que 20 mm de diâmetro;
- mesofauna: entre 0,2  a 2 mm de diâmetro;
 - macrofauna: entre 2 a 20 mm de diâmetro.
        É formada na sua maioria por animais invertebrados.  Estes organismos são  decompositores de matéria orgânica e influenciam em diversos processos ecológicos.  Podem ser habitantes permanentes, temporários, periódicos ou acidentais (SIQUEIRA, 1999).

Grupo de Fauna identificado no solo.

        São classificados como; Homópteros, Coleópteros, Isópodos,  Pseudoscorpionidas, Larva de Dípteros, Larva de Coleópteros, Hymenópteros, Isópteros, Collembolos.

                              Figura 1: Infestação por Homóptera
                                        Fonte: Wikipedia, 2012.




 
 Figura 2:  Vespa da ordem Hymenóptera.
                                                                     Fonte: Wikipedia, 2012.


                                                            Figura 3: Cupins da ordem Isoptera.
                                                            Fonte: Wikipedia, 2012.

Referências:

      FREITAS, A.C.S.; BARRETO, L.V. Qualidade biológica do solo em ecossistemas de mata nativa e monocultura do café. Enciclopédia Biosfera: N.05; ISSN 1809-0583,  2008.

      BRADY, Nyle C. Organismo do solo. In_______.  Natureza e Propriedades dos solos. 7ed.Rio de Janeiro: Freitas Bastos,1989.Cap. 07 p.253-287.

      SIQUEIRA,  José Osvaldo.Os Organismos do solo. In______. Biologia do solo. Lavras: UFLA,1999.Cap.02. p. 03-19.

      Wikipedia.  Cupim. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/ Isoptera>. Acesso em: 20 mai. 2012.





Identificando os tipos de erosão.


Hoje à tarde recebemos mais uma pergunta: Como podemos identificar os tipos de erosão? A pergunta foi enviada pelo filho do proprietário rural José da Silva Gomes.

            É muito importante a identificação da fase em que se encontra a erosão. Uma erosão laminar (começo) é muito difícil de ser identificada, mas coma experiência no assunto se torna mais fácil. A erosão laminar é aquele que acontece primeiramente e que arrasta certa quantidade de solo para outro lugar. A seguir temos uma imagem que nos da uma idéia de como a erosão laminar pode ser. 


          Se a erosão laminar não for controlada, ela passa para um outro estágio chamado de erosão em sulco. Essa erosão carrega maior quantidade de solo que a anterior, e há a formação de pequenas valetas, por onde a água começa a escoar. Na segunda imagem temos uma idéia de como pode ser essa erosão em sulco.

A erosão quando evolui passa para o estágio de voçoroca, que é na verdade a formação de um grande buraco formado na terra. Nessa fase, temos uma grande perda de solo como visto na figura abaixo. 


Amigos, é muito importante o controle da erosão desde o início, pois com o passar do tempo essa erosão a princípio pequena pode tomar grandes dimensões, perdendo solo e área produtiva, além de que sua recuperação se torna muito mais cara.

A equipe do Conservando o solo agradece pela pergunta, e aguardamos as próximas dúvidas a serem esclarecidas! Até a próxima!

Referência:  BERTONI, J.; NETO, F.L.; Conservando o solo, Editora Ícone, ed. 7, São Paulo, 2010. 






O Plantio Direto e a Importância da Rotação de Cultura

Este vídeo destaca os benefícios que os agricultores obtêm utilizando o plantio direto e a rotação de cultura.

Perda de nutrientes do solo. Como isso pode acontecer?


            No programa da rádio Cachoeira “Conservando o solo” deixamos a oportunidade para que nossos queridos amigos da terra pudessem nos enviar perguntas através de nosso Blog. Foram várias perguntas recebidas, as quais estaremos aqui, periodicamente repassando para vocês queridos amigos. 
           Hoje começamos com uma pergunta quem vem lá de Palmitinho, o Pedro gostaria de saber como os nutrientes se perdem no solo, pois ele nos contou que para ele, que não acabou o ensino fundamental, é muito difícil de entender esse processo. Pedro, muito obrigada pela pergunta, e sempre que tiver mais dúvidas nos comunique que estaremos sempre dispostos a lhes ajudar.

O solo é composto com diversos nutrientes como o nitrogênio, que pode ser perdido principalmente  por erosão e por volatilização. Esse nutriente se encontra nas primeiras camadas do solo, por isso durante um processo de erosão, ele é muito perdido. Quando falamos em volatilização usamos esse termo técnico para dizer que o nutriente “evapora” se transforma em gás ou vapor. Isso acontece quando o nitrogênio da matéria orgânica do solo se mineraliza (quando ele passa de uma condição que a planta não absorve para uma situação em que a planta pode absorver esse nutriente) transformando-se em amônia, ou ainda pela adição de fertilizantes.
Outro nutriente é o fósforo, que pode ser perdido principalmente por erosão. Ele se encontra principalmente na matéria orgânica que está nas primeiras camadas de solo, e quando acontece a erosão, ele é perdido. Ainda podemos citar o potássio, que depois do fósforo é o mais consumido pela agricultura brasileira como fertilizante. O potássio é perdido quando as plantas o absorvem de forma inútil, ou seja a mais do que precisam e ainda por lixiviação através de drenagem, nos solos minerais.
Pedro, aí estão alguns exemplos de como os nutrientes podem ser perdidos no solo. Espero ter ajudado e até uma próxima.

Referência: RIBEIRO, D.O.; VILELA, L.A.F.; Nutrientes do solo, outubro de 2007, Mineiros- GO. 

A Prática do Plantio Direto

      Falar em plantio direto nos remete a pensar como um passo gigantesco na evolução do preparo do solo, um marco muito importante na agricultura. Atualmente essa prática é bastante difundida no Brasil, graças ao grande empenho de profissionais na área, de instituições de pesquisa, universidades, que mensuram toda universalidade da prática.


   O sistema de plantio direto consiste em manter o solo sempre coberto, para isso, deixam-se restos culturais da última cultura sobre o solo. Isso confere ao solo uma imensa proteção contra a ação da gota da chuva, que vai desagregando o solo e consequentemente causando erosão. Além disso, toda matéria orgânica acumulada sobre o solo, proporciona uma melhor ciclagem dos nutrientes, nutrição dos microorganismos do solo - favorecendo a atividade biológica do solo -, não se tem grandes oscilações de temperatura no solo durante o dia e a noite, pois a palhada funciona como um isolante térmico.


  Por fim o plantio direto associado a rotação de culturas e adubação verde, pode ainda maximizar os benefícios que pode ser obtido com o sistema; tendo um importante papel na disponibilidade de nutrientes, através da decomposição do material orgânico - que por sua vez tem variedade, devido à rotação, garantindo diferentes nutrientes num espaço de tempo -, um maior controle biológico de fungos, nematóides e pragas.

   A cultura permanente do solo e a adubação verde são práticas essenciais para a estabilidade da produção.
 

Referências para o seu aprofundamento:


PRIMAVESI, ANA; Manejo Ecológico do Solo: a agricultura em regiões tropicais – São Paulo: Nobel, 2002, pág. 366 a 375.

SBCS (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO); Tópicos em Ciência do Solo.  Sistema de Plantio Direto: evolução e implicações sobre a conservação do solo e água; Viçosa – MG; Vol. 1, 2007, pág. 333 a 369.