A Prática do Plantio Direto

      Falar em plantio direto nos remete a pensar como um passo gigantesco na evolução do preparo do solo, um marco muito importante na agricultura. Atualmente essa prática é bastante difundida no Brasil, graças ao grande empenho de profissionais na área, de instituições de pesquisa, universidades, que mensuram toda universalidade da prática.


   O sistema de plantio direto consiste em manter o solo sempre coberto, para isso, deixam-se restos culturais da última cultura sobre o solo. Isso confere ao solo uma imensa proteção contra a ação da gota da chuva, que vai desagregando o solo e consequentemente causando erosão. Além disso, toda matéria orgânica acumulada sobre o solo, proporciona uma melhor ciclagem dos nutrientes, nutrição dos microorganismos do solo - favorecendo a atividade biológica do solo -, não se tem grandes oscilações de temperatura no solo durante o dia e a noite, pois a palhada funciona como um isolante térmico.


  Por fim o plantio direto associado a rotação de culturas e adubação verde, pode ainda maximizar os benefícios que pode ser obtido com o sistema; tendo um importante papel na disponibilidade de nutrientes, através da decomposição do material orgânico - que por sua vez tem variedade, devido à rotação, garantindo diferentes nutrientes num espaço de tempo -, um maior controle biológico de fungos, nematóides e pragas.

   A cultura permanente do solo e a adubação verde são práticas essenciais para a estabilidade da produção.
 

Referências para o seu aprofundamento:


PRIMAVESI, ANA; Manejo Ecológico do Solo: a agricultura em regiões tropicais – São Paulo: Nobel, 2002, pág. 366 a 375.

SBCS (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO); Tópicos em Ciência do Solo.  Sistema de Plantio Direto: evolução e implicações sobre a conservação do solo e água; Viçosa – MG; Vol. 1, 2007, pág. 333 a 369.