A prática da monocultura
combinada com o preparo inadequado do solo, provocam a erosão e degradação do
solo que estão entre as principais causas da baixa produtividade das culturas.
Os seguintes fatos são responsáveis por essa situação:
- aumento de
doenças e pragas específicas;
- aumento de
plantas daninhas;
- diminuição
da disponibilidade de nutrientes;
- diminuição
do sistema radicular;
- acumulação
de substâncias tóxicas que inibem o crescimento.
Para reverter este quadro aconselha-se a
adoção da prática de rotação de culturas (CORDEIRO, 1999).
A rotação de
culturas consiste em alternar periodicamente espécies vegetais num mesmo local
e segue os seguintes princípios:
- devem ser
alternadas plantas com diferentes habilidades de absorver os nutrientes do solo
ou que formem raízes que alcancem diferentes profundidades;
- cultivos
alternados com plantas suscetíveis e resistentes a determinada praga ou doença;
- cultivo
alternado de espécies que considere o efeito positivo e negativo de um cultivo
sobre o seguinte;
alternância entre o cultivo com uma espécie
que provoque o esgotamento do solo com outra que promova a recuperação da
fertilidade do mesmo;
- alternância de espécies com diferentes
necessidades de mão-de-obra, máquinas e implementos, água, etc., em épocas
diferentes (DERPSCH, 1998).
Uma das
premissas da rotação de culturas é o planejamento antecipado e estratégico a
nível de propriedade. Deve haver uma ordem cronológica para a época de
semeadura das diferentes espécies para assim permitir a máxima expressão do
potencial das mesmas tanto em produção de grãos, como em cobertura, fitomassa e
ciclagem e/ou fixação de nutrientes. A cultura escolhida deve ter ao mesmo
tempo propósitos comercial e de recuperação dos solos (FIORIN, 1999).
Entende-se que
não existe uma espécie adequada nem um sistema de rotação de cultura que seja
ideal. Existem alternativas que devem ser arranjadas em uma sequência
apropriada e prática (FIORIN, 1999).
Figura 1- Solo sempre coberto com diferentes materiais
Referências:
CORDEIRO, L.A.M. A importância da rotação de culturas
para o sistema plantio
direto.In: II Seminário sobre o sistema plantio
direto na UFV. Anais... Viçosa, MG,
1999. p.165 – 190.
DERPSCH, R. Importância
de los abonos verdes y La rotación de cultivos em El sistema de siembra
directa. In: Encontro Nacional de Productores em Siembra Directa, 3,
Obligado, Itapuá, Paraguay, 1998. APASCU, Paraguay. p.71-102
FIORIN, J. E. A
rotação de culturas e as plantas de cobertura do solo. Informativo
Fundacep. Ano VI, Nº02, Abril/1998. 8p.